Únicos em Portugal, os vales Glaciários da Serra da Estrela são hoje a montra de como a glaciação deixou os melhores testemunhos .
Esta rota permite ver o local de origem do glaciar (a cúpula do cimo da montanha), os vales desenhados pelas várias línguas de gelo e os depósitos deixados por esta massa de gelo em movimento.
Venha descobrir a Rota dos Vales Glaciários. Esta é uma terra única, onde a natureza vive.
A GLACIAÇÃO NA SERRA DA ESTRELA - Há milhares de anos atrás a Glaciação na Serra da Estrela permitiu a existência de neves perpétuas (a partir de 1.650m) que se fundiam durante o ano ficando compactadas e dando origem ao gelo.
Assim, acabou por se formar uma cúpula de gelo no Planalto da Torre que teria uma superfície de cerca de 70 Km2 e uma espessura de 80m.
O progressivo aumento da temperatura que nesta era de glaciação era aqui sempre negativa originou a formação de línguas de gelo que escoavam para as altitudes mais baixas, moldando então os vales já existentes.
O PLANALTO GLACIÁRIO - Corresponde à área outrora ocupada pela cúpula de gelo, formando uma paisagem de rocha nua em que existem depressões ocupadas por lagos, charcos ou prados húmidos. Normalmente não existem arestas vivas já que as rochas foram afeiçoadas pelo gelo em movimento, contrastando com as áreas não afectadas pela calote glaciária, onde as arestas e irregularidades das rochas subsistiram. Imaginemos aqui a existência de uma calote de gelo com uma altura de 80m.
OS VALES GLACIÁRIOS - Formam os cinco principais vales desenhados pelo gelo e que agora podemos percorrer. Correspondiam à força das línguas de gelo que escoavam radialmente desde a referida calote da torre . A partir daqui, vamos seguir os mesmos caminhos que o glaciar percorreu ao longo da glaciação formando este cenário único em todo o Portugal. |